Notícias


A 10 de setembro de 2024 a CNA-PRR esteve presente na inauguração do telescópio do consórcio “Neuraspace – AI Fights Space Debris”, da empresa líder que lhe dá o nome e que ficará na Base Aérea de Beja.

O espaço é uma nova fronteira, com mais de 30.000 satélites (deverá crescer 15X até 2030), em constante movimento e com alto risco de colisões entre satélites e lixo espacial, que podem ser críticas para a interrupção de serviços e uma ameaça à segurança em terra.

A jovem empresa Neuraspace, está a fazer o seu caminho de posicionamento entre os gigantes mundiais e conseguiu angariar a gestão de cerca de 300 satélites, evitando disrupções de serviços e o acumular de detritos no espaço. Este telescópio próprio, permitirá saltos quantitativos e qualitativos em termos de obtenção de informação, em conjunto com os sistemas complexos de inteligência artificial, machine learning, simulações de física ou processos de fusão de dados.

A assinatura de um protocolo entre a Força Aérea Portuguesa e a Neuraspace, permite vislumbrar atividades futuras para continuar a tirar partido do investimento efetuado no âmbito do PRR bem como criar bases sólidas para um setor aeroespacial em Portugal.

Os discursos, quer da CEO da empresa Neuraspace, Chiara Manfletti, quer do Chefe do Centro de Operações Espaciais da FAP, Pedro Costa, passaram a mensagem deste interesse e trabalho conjunto iniciado.

Para além do investimento em ações concretas, a alavancagem do PRR deve ser um dos pontos em avaliação. Tal como noutros setores inovadores, onde Portugal não tinha uma cultura empresarial, o ponto de viragem pode ser a alocação de verbas suficientemente robustas, que permitam atrair os melhores recursos humanos (RH)- a Neuraspace conta hoje com 26.

Numa indústria em que os RH são os fatores decisivos (número elevado e altamente qualificados), não é só na atração de recursos humanos que os efeitos se poderão fazer sentir: Atração de investidores mais facilitada, com provas de serviço mais rápidas; Novos clientes atraídos, para sustentabilidade financeira e económica; Retenção de RH, num mercado competitivo, em que os USA têm a maior fatia.

Nas visitas que a CNA-PRR tem efetuado por todo o território, nos mais diversos setores de atividade, esta tónica de querer dar o salto para setores ou atividades de alto valor acrescentado, tem sido uma constante, partilhada não só por atores empresariais, mas também por entidades do sistema tecnológico, do ensino superior e até da administração pública.

É preciso ultrapassar vários constrangimentos que têm sido relatados à CNA-PRR, no que diz respeito à, ainda, pouca rapidez na avaliação de pedidos de pagamento, mas especialmente aos atrasos na respetiva transferência de verbas.

O projeto pode ser consultado, aqui.
Detalhe técnico, aqui.

Setembro 17, 2024