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Na visita à Região de Aveiro, a CNA-PRR visitou a 1 de outubro a Ubiwhere,  financiada pelo PRR para desenvolver o Digital Nervous System Testbed, prestando serviços a PME ou administração pública. Utilizando o seu conhecimento, a empresa torna mais robusta a sua plataforma de gestão urbana, fortalecendo parcerias e consolidando a reputação.

Com 90 recursos humanos qualificados, a Ubiwhere participa nas Agendas mobilizadoras (AM) Route25 e Agenda Acelerar e Transformar o Turismo, com um financiamento PRR de 7 M€.

Embora o conceito de test bed ainda não seja amplamente compreendido, trata-se de testar ideias tecnológicas iniciais em ambientes controlados, aproveitando produtos e serviços maduros, com apoio financeiro que reduz os custos das empresas que prestam os serviços, podendo fazê-lo inclusive com descontos totais.

A empresa desenvolveu cerca de 30 testes de produtos e serviços numa primeira onda, o objetivo que se tinha comprometido até setembro de 24, data da primeira meta definida no PRR (600 produtos inovadores).

Na prática, a Ubiwhere oferece às empresas a possibilidade de testar inovações na sua plataforma urbana através de ambientes simulados, integração de dados de diferentes fontes, e feedback em tempo real, colaborando com outras cidades para testes em cenários reais.

No caso da AM Route25, que tem como objetivo promover a mobilidade inteligente e sustentável em Portugal, desenvolvendo veículos autónomos e tecnologias de conectividade, têm sido instalados sensores de qualidade do ar, tráfego, mobilidade, estacionamento, resíduos ou ambiente.

A preparação dos dados e a sua análise revela-se como o mais desafiante, com um centro de controlo, a preparação para utilização em plataformas como a Google e futuramente, em camadas de dados nacionais, controladas pelo IMT. Embora existam ainda muitas questões éticas e regulamentares que precisam ser resolvidas relativamente aos veículos autónomos, Portugal ficará com uma base, a partir desta AM.

Há vários constrangimentos associados a estes investimentos, destacando-se:
🔺  Nos test beds há ainda falta de comunicação entre a ANI | Agência Nacional de Inovação e as entidades executoras, o que leva a bloqueios relacionados com burocracia ineficiente;
🔺   Há a necessidade de maior aposta em disseminação dos serviços disponíveis, no âmbito dos test beds;
🔺  No caso da utilização de plataformas de gestão urbanas e sendo os municípios os beneficiários que mais poderiam tirar proveito destas informações (em tempo real ou para análises), há um longo caminho de aprendizagem, dada a dificuldade em lidar com tantos dados.
🔺   Tendo em conta o anterior, não é ainda exequível a publicação de dados, sendo necessário fazer escolhas estratégicas sobre quais disponibilizar publicamente e como o fazer.

Outubro 9, 2024