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No dia 12/12 a CNA PRR reuniu com os membros do consórcio. O objetivo desta Agenda é juntar toda a cadeia de valor da blockchain (tecnologia que dá o nome à AM), que faz parte da nova web 3.0 (descentralizada) e que lhe fornece a infraestrutura para descentralização, segurança e transparência. Foi contratado financiamento PRR de 44 M€ com o IAPMEI, I.P. – Agência para a Competitividade e Inovação.
Mais do que tecnologia, o desafio deste consórcio (maioria PME ou startups), é a gestão e organização administrativa e financeira. Para tal, foi criado um dashboard centralizado, que permite a cada um dos membros o autocontrolo e a identificação de riscos.
Para além dos relatórios trimestrais obrigatórios, esta AM implementou também um relatório mensal interno. Apesar dos relatórios serem considerados úteis e necessários, reportaram (a exemplo do que recolhemos noutros consórcios), que o problema reside em não haver feedback por parte do IAPMEI, I.P. – Agência para a Competitividade e Inovação, não sendo possível corrigir situações que possam não estar alinhadas.
Relativamente ao trabalho que está a ser executado, foi feita uma apresentação detalhada, de que partilhamos alguns destaques e aplicação em vários setores:
* Agricultura e agroalimentar: rastreabilidade de produtos, desde o campo até o consumidor, utilizando IoT e blockchain. Em testes com cereja do Fundão (necessárias mais campanhas) e em preparação com gado bovino (desafio com obtenção de dados).
* Mercado de jogos e ativos digitais: em desenvolvimento plataformas descentralizadas para transparência em jogos, NFTs e atividades desportivas. Apesar de avanços na tecnologia e interesse crescente, há desafios (resistência à adoção de blockchain e desconfiança) e falhas na regulamentação (que estão a identificar). Há interesse de estudantes mais jovens para fazer dissertações ou estudos.
* Saúde e bem-estar: plataforma que garantirá a autenticidade de um exame médico. Há vários riscos associados (autorização de acesso aos dados de saúde e angariação de entidades)
* Territórios inteligentes: iniciativas de sustentabilidade baseadas em blockchain e criptomoedas para promover comportamentos sustentáveis, como trocas no mercado de segunda mão, recompensadas com uma “green coin”; plataforma de gestão de carbono com um marketplace e soluções tecnológicas como “blockchain in a box” para locais de energia solar. Pilotos em preparação.
* Outras plataformas: agregação de projetos de hackatons, para os potenciar, com mentoria e financiamento; bloqueio de máquinas industriais e vending (em estudo de patente); emprestar e pedir emprestado (NFT); centralização de arrendamento de imóveis; interoperabilidade e comunicação entre várias redes de blockchain.
» Estão em curso iniciativas de capacitação (microcredenciais ou unidades curriculares).
! Para amadurecer a tecnologia e testar o mercado, seriam importantes mais 2 trimestres (para além do prazo contratado), tendo em conta que esta AM iniciou 9 meses mais tarde do que o previsto.

Janeiro 2, 2025