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A 14/11 a CNA PRR reuniu com representantes das empresas Efacec, Capwatt, Dourogas Renewablesás, BIOREF – Collaborative Laboratory (CoLAB) e com investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, para compreender a problemática que atrasa a execução desta agenda mobilizadora (AM).
A aprovação desta AM aconteceu em 2022, com a assinatura do termo de aceitação a ter lugar no 2º semestre de 2023. No entanto, houve a necessidade de alteração de líder, com a proposta de passar da EFACEC para a Capwatt. Sendo obrigatória a aprovação por parte do IAPMEI, I.P. – Agência para a Competitividade e Inovação, o pedido de alteração foi enviado no 2º trimestre de 2024.
Aguarda-se ainda a decisão (positiva ou negativa) o que deixa em suspenso as empresas e os investimentos, sendo que a passagem do tempo em processos administrativos encurta a possibilidade de projetos ambiciosos, diminuindo, portanto, o seu potencial de impacto.
Esta AM tem 14 parceiros e tem como objetivos:
*A construção de uma fábrica de metanol verde – a 1ª central em Portugal
*A construção de parque fotovoltaico para abastecimento da produção (terreno localizado em Mangualde)
*I&D relativa à melhoria de processos e à alavancagem da cadeia de valor em Portugal
Executado:
– O terreno encontra-se já adquirido em Mangualde, sendo a Capwatt a dona da instalação produtiva.
– O FEED (Front-End Engineering Design) está terminado
– Têm manifestação de interesse ou contrato de compra futura (offtaking), com operador marítimo (ainda dependente de preço)
Desafios:
! O atraso na decisão do IAPMEI, faz com que, caso venha a ser positiva, possa não existir tempo suficiente para a aquisição e implementação dos eletrolisadores. Num cronograma em que se precisa de garantir que todos os processos terminam em tempo, isso poderá inviabilizar o processo.
Impactos possíveis com a execução desta AM:
– Entrada de Portugal no futuro mercado competitivo do metanol verde, cuja posição geográfica seria vantajosa, permitindo o abastecimento de navios nas rotas do Atlântico
– Permitiria o fornecimento para os mercados europeus, africanos e americanos, posicionando Portugal como um hub de abastecimento marítimo sustentável
– Permitiria o aproveitamento de outras produções em fase de implementação em Portugal, como sejam os projetos de hidrogénio verde ou os vários parques solares e eólicos
– Aproveitaria a entrada em vigor de legislação que será particularmente onerosa para operadores de transporte marítimo, que deverão ser taxados pela emissão de carbono emitido.
É essencial que sejam tomadas as decisões, o mais rapidamente possível, para que os promotores possam tomar as decisões de investimento que se impõem, de forma a que se possam concretizar os impactos esperados rumo à maior descarbonização da economia portuguesa e à construção de uma sociedade mais sustentável.
Dezembro 13, 2024