A ASCENZA Portugal (unidade fabril de Setúbal) integra o grupo Rovensa (90 países e 40 localizações) e dedica-se ao desenvolvimento e produção de fitofarmacêuticos para proteção de colheitas -um setor altamente regulado.
Com 300 trabalhadores, volume de negócios 225 M€ (maioria exportação) é o 4º produtor pós-patentes (off-patent) na Europa, 1º na Península Ibérica e única fábrica do género em PT. A I&D representa 3% do investimento, com uma equipa de 80 pessoas. O PRR veio alavancar investimento já programado e permitir outro não equacionado.
TEC4GREEN (líder)
Objetivo: soluções tecnológicas ambientais (valorização de subprodutos); soluções para agricultura de precisão e descarbonização agronómica; I&D e investimento produtivo para novos biofertilizantes e bioestimulantes.
Execução física está a 30%, incluindo:
· Estudos de valorização intermédia de sementes e pele de tomate, pele de nozes e bagaço de azeitona;
· Protótipos de fitofarmacêutico, anti-oxidante e nematodicida
· Culturas de fruteiras: plataforma interativa para zonagem de parcelas, com rede meteorológica, armadilhas e imagens de drones; integração e processamento de dados (janela de I&D limitada a cada campanha).
· Estudo de metodologia para cálculo de stock e sequestro anual de CO2 (em cada propriedade e com retorno monetário ao produtor).
· Torre de secagem (Ascenza): processo em fase final de licenciamento- início da construção em prazo limite.
Este foi um dos últimos consórcios a assinar contrato, após substituição de empresa, com os atrasos a colocar em risco a execução dos investimentos produtivos de maior porte (fábrica de produção de gases renováveis- empresa Citri). Esta situação já foi comunicada pela empresa ao IAPMEI, I.P. – Agência para a Competitividade e Inovação.
No projeto descarbonização da Ascenza (moinhos, compressores, bombas de calor, painéis fotovoltaicos), há constrangimentos verificados noutras empresas. Para além dos atraso na entrega de equipamentos, há a dúvida sobre a comprovação das reduções de emissões de GEE, devido ao atraso de uma das obras previstas, para a qual aguardam decisão do IAPMEI.
– Como é habitual (embora não natural) a informação recolhida pela CNAPRR identifica que, para os processos sequenciais de licenciamento são precisos muitos meses, não existindo prazos expectáveis em cada entidade, nem comunicação entre si.
-Em cada relatório CNA- PRR têm-se deixado identificações e recomendações, relacionadas com uma grande rigidez administrativa, com o ónus a passar para os beneficiários finais, sem acrescentar qualquer ganho. Ao invés, acumulam-se incertezas, dificulta-se a execução, aumentam-se custos financeiros e de contexto e há o risco de se suspenderem investimentos.
É essencial uma mudança de atitude, com respostas mais céleres e maior articulação entre os vários organismos responsáveis por estas áreas.



Outubro 16, 2024